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Campus do IFPB de Patos decide aderir a greve por tempo indeterminado a partir de abril; representante do sindicato explica motivos

Greve terá início no próximo dia 03 de abril, por tempo indeterminado.

Campus do IFPB de Patos decide aderir a greve por tempo indeterminado a partir de abril; representante do sindicato explica motivos
Campus do IFPB de Patos decide aderir a greve por tempo indeterminado a partir de abril; representante do sindicato explica motivos (Foto: Reprodução)

O Campus do Instituto Federal da Paraíba em Patos decidiu aderir a greve aprovada através das entidades e sindicados nacionais e regionais, como a FASUBRA, ANDES, SINASEFE e SINTEFPB, que terá início no próximo dia 03 de abril, por tempo indeterminado.

Em contato com o Patosonline.com, o professor efetivo e representante sindical, Guilherme Augusto Vaz, explicou que diante da não resposta do governo federal às reivindicações após mais de um ano de negociações, as entidades nacionais da Educação Federal, compostas pela FASUBRA, SINASEFE e ANDES, começaram a aumentar a pressão, realizando paralisações, discussões e assembleias, que gerou a aprovação de uma greve por parte da FASUBRA (Sindicado do Técnico-Administrativos das Universidades Federais) iniciada no último dia 11 de março e que passou a ser seguida pelo SINASEFE.

Guilherme informou que a seção paraibana aprovou a adesão à greve e até o momento seis campi do IFPB já confirmaram a paralisação, são eles: Patos, Guarabira, Picuí, Sousa, Cajazeiras e Campina Grande; com previsão de adesão de outros campi na próxima semana.

O professor destacou que os motivos que levaram ao desencadeamento da greve estão relacionados a falta de respostas após quase 1 ano e meio do Governo Lula, às reivindicações da Educação Pública Federal, como os reajustes salarias corroídos pela inflação ao longo de governos anteriores, bem como recomposição das verbas e investimentos nos campi.

“O governo tem se negado a usar o dinheiro que comprovadamente existe para investir na Educação Pública Federal, particularmente nos IFs e Universidades Federais de todo o país, dinheiro esse que é fruto do trabalho e impostos pagos por todos nós. Ele tem se negado a recompor o orçamento dessas instituições ao mesmo tempo em que anuncia pra população a criação de 100 novos campi do IF, claro que são importantes para a população, mas como vamos gerir o trabalho neles se os cortes no orçamento não param e se não se volta a investir na Educação Federal Pública sem sucatear ou diminuir a qualidade da Rede Federal de Ensino e sem valorizar os servidores, técnicos e docentes que trabalham nela? […] Outro ponto central, o governo tem reajustado os salários e carreiras de setores do Judiciário e Militar, mas aos trabalhores da educação ele responde que não tem dinheiro. A população precisa saber que isso é mentira, que no fundo é uma decisão arbitrária do governo”, comentou.

Guilherme também frisou que entre as pautas reivindicadas estão a retirada as Instruções Normativas Nº 49 e 54, que, segundo ele, agridem o direito de greve, bem como fazer o RSC (Reconhecimento de Saberes e Competências), permitindo a reestrututação e avanço das carreiras dos servidores, técnicos e docentes, que ficaram obsoletas devido a uma década de crises políticas e ataques à Educação Federal.


Por PatosOnline

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