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Famup reforça pedido de contagem populacional em 2025 após divergência de dados divulgados pelo IBGE

O aumento expressivo em apenas dois anos, taxa sem igual na história do Brasil, levanta dúvidas razoáveis sobre a confiabilidade do Censo

Famup reforça pedido de contagem populacional em 2025 após divergência de dados divulgados pelo IBGE
Famup reforça pedido de contagem populacional em 2025 após divergência de dados divulgados pelo IBGE (Foto: Reprodução)

A Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup) está reforçando o pedido para que Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) faça uma nova contagem populacional em 2025. A iniciativa é respaldada por números divulgados pelo próprio IBGE que em estimativa recente mostrou que o Brasil possuía, em julho de 2024, população de 212.583.750 habitantes, o que representa um crescimento de 4,68% (ou 9.502.994 habitantes) frente aos resultados definitivos do Censo Demográfico de 2022 que mostrou um encolhimento populacional em 46% das cidades da Paraíba.


O aumento expressivo em apenas dois anos, taxa sem igual na história recente do Brasil, levanta dúvidas razoáveis sobre a confiabilidade do Censo e da atual estimativa. A própria “correção” da população de 2022, estimada pelo IBGE no final de agosto de 2024 em 210,9 milhões, atesta para a precariedade dos resultados do Censo Demográfico. A CNM também reforça que é imprescindível realizar contagem populacional em 2025 para dirimir as dúvidas sobre a qualidade dos dados populacionais.


Base – Vale destacar que o porte populacional é utilizado como critério na definição de repasses de recursos aos municípios, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e a maioria dos programas federais. Essas transferências são fundamentais para que as prefeituras possam prestar assistência efetiva à população em várias áreas da gestão local.


Análise da CNM sobre a nova estimativa mostra que somente 191 (3,4%) municípios do país perderam população, enquanto 5.372 (96,4%) registraram aumento e em sete a população permaneceu igual à do Censo. No que se refere ao FPM, principal fonte de receita de sete em cada dez municípios, considerando as 5.542 cidades de interior, em 397 haverá mudanças de coeficiente: 393 ganharão e apenas quatro perderão, o que pode apontar prejuízo em repasses feitos no decorrer deste período.


Lei – Importante lembrar que a Lei 8.184/1991, em seu art. 1°, determina que o Censo Demográfico deve ser realizado a cada dez anos, sendo que o último havia ocorrido em 2010 apresentando informações sobre número de habitantes do território nacional, características da população e como vivem os brasileiros.


Já a contagem populacional é realizada a cada cinco anos com o objetivo principal de atualizar as estimativas populacionais de cada Município, mas não foi feita em 2015. Além da não realização desses levantamentos, o Censo Demográfico 2022 teve atrasos e intercorrências graves decorrentes da falta de verbas e estrutura destinadas à sua realização.


Comparando-se os dados do Censo e das estimativas populacionais, a velocidade do crescimento da população observado entre 2022 e 2024 é semelhante ao ocorrido na passagem dos anos 70 para os 80. Levando em consideração que a população brasileira tem crescido menos no decorrer do tempo, esse dado não faz sentido.


O Censo não reflete a realidade dos municípios. A CNM e Famup entendem que a culpa pelos erros não é do IBGE, mas sim da falta de estrutura necessária para fazer esse levantamento. As entidades defendem que tanto o Governo Federal quanto o Congresso Nacional precisam se comprometer para viabilizar a contagem populacional em 2025 de forma a trazer um dado fidedigno que reflita a realidade do país.


Assessoria

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