Em mensagem de Páscoa, papa Francisco fala em Gaza
Pontífice também fez apelo em prol de troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia
Neste domingo (31), durante sua mensagem de Páscoa, o papa Francisco fez um apelo em prol da paz na Faixa de Gaza e de uma troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia.
– Todos por todos – disse o pontífice.
A declaração foi dada na galeria central da Basílica de São Pedro, onde Francisco rezou a bênção Urbi et orbi diante das 60 mil pessoas reunidas na praça, pouco depois de ter celebrado a Missa da Ressurreição.
Em sua mensagem pascal, na qual, como em outras ocasiões, ele enumerou os conflitos e os males que afligem o mundo, Francisco recordou “as vítimas de tantos conflitos que estão em curso no mundo, a começar pelos de Israel e da Palestina, e na Ucrânia”, e pediu que “Cristo ressuscitado abra um caminho de paz para as populações martirizadas dessas regiões”.
Em seguida, o papa pediu “respeito pelos princípios do direito internacional” e mencionou “uma troca geral de todos os prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia”.
O Vaticano já mediou uma troca de prisioneiros russos e ucranianos nos primeiros meses do conflito, mas a missão diplomática da Santa Sé posteriormente estagnou.
Francisco nomeou o cardeal Matteo Zuppi para assumir o comando de uma missão de mediação principalmente humanitária, para devolver ao seu país as crianças ucranianas deportadas para a Rússia, mas até agora não houve resultados.
Em sua mensagem deste domingo, Francisco também reiterou seu apelo para “garantir a possibilidade de acesso da ajuda humanitária a Gaza, instando mais uma vez a rápida libertação dos reféns sequestrados em 7 de outubro e um cessar-fogo imediato na Faixa”.
– Não permitamos que as hostilidades em curso continuem a afetar gravemente a já exausta população civil, e especialmente as crianças. Quanto sofrimento vemos nos seus olhos.
Francisco pediu ainda que não se esqueça a Síria, que sofre há 14 anos, ou o Líbano, afetado por um bloqueio institucional e por uma profunda crise econômica e social. Ele defendeu a continuação das conversas entre a Armênia e o Azerbaijão.
Além disso, pediu “consolo às vítimas de qualquer forma de terrorismo” e orações “para aqueles que perderam a vida e imploramos o arrependimento e a conversão dos autores destes crimes”.
Ao final, Francisco emitiu um alerta contra a guerra no continente europeu.
– Não permitamos que os ventos da guerra soprem cada vez mais fortes sobre a Europa e o Mediterrâneo e não cedamos à lógica das armas e do rearmamento. A paz nunca se constrói com armas, mas sim estendendo a mão e abrindo o coração.
Por Pleno.news
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