Presidente do TRE-PB defende fim da reeleição, com mandatos de cinco anos: “vejo como uma necessidade”
A presidente do TRE afirmou que esta é uma boa pauta para se conversar com a sociedade brasileira. Para ela, um mandato de cinco anos daria mais tranquilidade para o gestor.
“Vejo como uma necessidade, uma reflexão muito grande, o fim da reeleição”. A afirmação foi feita pela presidente do Tribunal Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), Agamenilde Dias, no programa Arapuan Verdade desta terça-feira (18). A desembargadora defendeu o mandato de cinco anos, como acompanhou o ClickPB.
“Me pergunto se a sociedade está preparada para viver esse aspecto permanente de eleição. Até o gestor deve ter um aspecto de tranquilidade, porque a eleição gera uma inquietação até em termos de gestão. Eu, a cidadã Agamenilde, vejo como uma necessidade, uma reflexão muito grande, o fim da reeleição. É uma boa pauta para se conversar com a sociedade brasileira. Precisa se refletir. Tenho a impressão que dá mais tranquilidade para ele administrar”, pontuou.
Agamenilde também reforçou o trabalho de planejamento que o TRE vem desenvolvendo para as eleições 2024. “Tudo é planejamento e execução. A Justiça Eleitoral tem um calendário a seguir, mas é uma constante o planejamento, assistência ao eleitor, verificação do seu sistema de funcionamento, assistência às zonas eleitorais, o que vem à mostra esses dias mais efervescentes, mas o trabalho é constante”.
A desembargadora também abordou o tema das fake news e o uso da inteligência artificial ‘para o mal’. Ela destacou que as providências iniciais partiram do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) através de resoluções, como disciplinamento. Em termo operacional, ela destacou que o Centro de Combate à Desinformação, que existe em cada estado, contribuiu nesse trabalho. Além disso, segundo ela, também se trouxe a responsabilização para quem dissemina esses conteúdos.
“Temos ainda de contar com situações que não são previsíveis, mas a Justiça Eleitoral está atenta, inclusive com as forças de segurança. Vamos lançar uma ferramenta em termos operacionais. No mais, temos o apoio e olhar vigilante, constante do TRE”.
Agamenilde Dias abordou ainda o uso da inteligência artificial. “Estamos trabalhando para identificação da voz mecânica no conteúdo trabalhado para ilicitude. Vamos realizar um workshop com a imprensa para trazer esse lado da comunicação efetivo como aliado da Justiça Eleitoral. Nós estamos atentos para, no que estiver possível, no que a legislação autorizar, vamos atuar e buscar o lado técnico e operacional”.
Por fim, a desembargadora informou que a primeira reunião deliberativa do planejamento das eleições 2024 está marcada para o dia 19 de julho, às 9h, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Voltada para magistrado, promotor eleitoral, partidos políticos, forças de segurança, pretensos candidatos, gestores e a sociedade, haverá um debate coletivo sobre o desafio das eleições. Durante a reunião, será apresentada uma ferramenta que vai auxiliar o TRE na efetividade do pleito.
ClickPB
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