Professor do IFPB Patos fala sobre greves federais e luta por recomposição orçamentária das universidades
Ele enfatizou que, desde o ano passado, há tentativas de negociação com o governo federal, porém, os pedidos dos trabalhadores da educação não têm sido atendidos.
Aniceto Rodrigues, professor do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) em Patos, conversou com a equipe de jornalismo da rádio Espinharas FM sobre as recentes movimentações e o impacto das greves federais que têm afetado as instituições de ensino superior no Brasil.
O professor destacou que o IFPB está em greve há 67 dias, enquanto na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) os técnicos administrativos estão paralisados há 90 dias. Ele enfatizou que, desde o ano passado, há tentativas de negociação com o governo federal, porém, os pedidos dos trabalhadores da educação não têm sido atendidos.
A principal reivindicação é a recomposição do orçamento das universidades.
"As verbas são extremamente curtas. Temos que escolher entre quais alunos carentes poderão almoçar e quais ficarão com fome," disse o professor, destacando a gravidade da situação. Além disso, ele apontou a redução do auxílio estudantil como um dos fatores críticos que prejudicam o funcionamento adequado dos cursos, que já sofrem com o sucateamento.
Após 60 dias de intensa mobilização, houve um avanço significativo. O governo federal foi pressionado a convocar os reitores em rede nacional para divulgar um aumento nas verbas destinadas à educação. Segundo Rodrigues, foram liberados 400 mil reais para manutenção, e cerca de 5 bilhões de reais para a construção de novos campus, hospitais universitários e restaurantes.
No entanto, apesar desse progresso, o professor alerta que ainda há muito a ser feito. "Ainda precisamos de muitos reajustes para compensar as perdas que tivemos ao longo dos anos," concluiu Aniceto Rodrigues.
Patos Online
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