Haddad presenteia papa Francisco com cuia de chimarrão em alusão ao RS
Haddad também deu ao papa um livro de Chalita. Da autoridade máxima da Igreja Católica, o ministro recebeu uma medalha, a Medaglia Pontifíci
Em audiência privada com o papa Francisco, na manhã desta quinta-feira (6/6), no Vaticano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, presenteou o pontífice com uma cuia de chimarrão, em alusão à tragédia no Rio Grande do Sul e ao povo gaúcho, e um livro do ex-deputado e ex-secretário da Educação de São Paulo Gabriel Chalita, de quem Haddad é amigo. O livro é: “Em Entre Franciscos, O Santo e o Papa”, lançado neste ano, e que apresenta um encontro fictício entre o Papa Francisco e São Francisco de Assis.
Da autoridade máxima da Igreja Católica, Haddad recebeu uma medalha, a Medaglia Pontifícia. Veja imagens:
O responsável pela economia do governo brasileiro participou, na tarde de quarta-feira (5/6), do workshop promovido pela Pontifícia Academia das Ciências, com o tema: “Como lidar com a crise da dívida no Sul Global”
Durante o evento, Fernando Haddad teve seu espaço de fala sobre as “Propostas de reformas da dívida internacional e tributária para financiamento sustentável e reformas domésticas para reduzir a frequência, duração e custos das crises da dívida soberana”. Na ocasião, ele defendeu a proposta de taxação dos bilionários, um dos temas prioritários do Brasil na presidência do G20.
O Santo Padre reiterou que os princípios de justiça e solidariedade são os meios que levarão a encontrar pistas de solução para este problema.
Segundo Francisco, “nesse caminho é indispensável agir de boa fé e com verdade, seguindo um código de conduta internacional com normas de valor ético que tutelam as negociações”, e completou: “devemos pensar em uma nova arquitetura financeira internacional que seja audaz e criativa”.
Visto como um “defensor vocal da justiça social e da responsabilidade econômica” pelo Ministério da Fazenda, o papa Francisco pode ser uma peça fundamental na difusão da proposta de tributação dos super-ricos. Ou seja, uma eventual manifestação pública do pontífice favorável à proposta ajudaria o ministro brasileiro a ganhar espaço na opinião pública global.
A proposta recebeu apoio de líderes da Espanha e da França, mas tem conta com o endosso de grandes potências, como os Estados Unidos. Para que seja efetiva e evitar evasão fiscal, além de garantir a aplicação de multas e sanções, a medida precisa de ampla adesão, em especial dos países mais ricos.
Metrópolis
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