TJPB vai apoiar programa 'Antes que Aconteça', da senadora Daniella Ribeiro
TJPB vai apoiar programa 'Antes que Aconteça', da senadora Daniella Ribeiro
Um termo de cooperação que estabelece uma série de políticas públicas de tecnologia e inovação voltadas à proteção da mulher vítima de violência doméstica será firmado entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. A parceria tem como objetivo a implementação do programa ‘Antes que Aconteça’, de autoria da senadora paraibana Daniella Ribeiro, que apresentou o programa ao presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), desembargador João Benedito da Silva, nesta segunda-feira (27).
Na reunião foram apresentadas estatísticas de violência contra a mulher em todo o Brasil e como será desenvolvido o ‘Antes que Aconteça’ no estado. O desembargador João Benedito reconheceu a importância do trabalho de prevenção e combate à violência doméstica e garantiu o apoio do TJPB.
O gestor do Poder Judiciário paraibano avaliou a iniciativa como muito positiva, realçando a proposta do projeto, no sentido de capacitar, via inclusão digital, as mulheres vítimas da violência para denunciarem seus agressores, além da capacitação profissional e do mapeamento dos casos.
“Isso é uma solução absolutamente correta. Um serviço prestado a toda comunidade e a família, pois, ao defender as mulheres, nós estamos defendendo também a união familiar. Eu aplaudo a iniciativa”, salientou o desembargador João Benedito da Silva.
O programa terá uma série de iniciativas que passa pela criação das chamadas “salas lilás” para atendimento exclusivo às mulheres em situação de vulnerabilidade, além de cursos voltados para o empreendedorismo feminino. Para a senadora Daniella Ribeiro, essas capacitações são importantes para dar independência financeira às mulheres. A parlamentar agradeceu o apoio do TJPB para fortalecer e desenvolver o programa.
“O Tribunal da Justiça da Paraíba já é um grande parceiro, e será nosso grande parceiro também nesse programa, junto com o governo do Estado, aqui na Paraíba. E nós viemos apresentar o programa para afinar os termos de cooperação que vamos assinar em conjunto para o lançamento do ‘Antes que
Aconteça’, que será aqui no estado. O Antes que Aconteça, só para resumir, ele tem desde a prevenção à violência contra a mulher, através da questão das escolas, da educação nas escolas sobre o tema. A incorporação da sala lilás, que é uma sala específica para receber a mulher nas delegacias das cidades. Temos também curso de defesa pessoal feminina e, dentro do programa, que é uma questão fundamental, é a questão do empreendedorismo feminino”, pontuou Daniella Ribeiro.
Para a implementação do programa ‘Antes que Aconteça’, a tecnologia é ferramenta fundamental, como explicou a diretora técnica da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTcPB), Nadja Oliveira. O Parque Tecnológico vai contribuir no programa com a parte da inovação, incorporação de tecnologia, geração de pesquisa para criar os indicadores e implementação do portfólio de soluções - que vai desde o diagnóstico até capacitação de empreendedorismo, letramento digital para as mulheres que sofrem a violência doméstica e letramento digital para os filhos das famílias que sofrem violência doméstica.
“A tecnologia vem como meio e como ferramenta para que a gente monitore em tempo real e o Estado consiga ser mais assertivo no combate da violência. Por que, o que a gente tem hoje aqui? Os dados nos mostram que as mulheres que morrem e sofrem feminicídio, o que acontece? Elas sofrem já com medida protetiva, então a gente está tendo ineficiência desse monitoramento dessas mulheres, por exemplo, que sofrem violência. E a outra questão é o empreendedorismo, a gente sabe que os países que conseguiram reverter esses dados de violência contra a mulher é a independência econômica que faz a mulher quebrar também o ciclo, então você capacita. Levar para um empreendedorismo feminino para que ela rompa com esse ciclo de violência é extremamente importante. Então, tecnologia, inovação, predição, hoje a gente tem tecnologia que não só previne como ela se antevê e prediz com o uso de inteligência artificial, onde é que vai acontecer a violência. A gente precisa utilizar isso também dentro do programa”, enfatizou Nadja Oliveira.
Por Nice Almeida - Tribunal de Justiça da Paraiba
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