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Papa diz em reunião fechada que ‘já existe bichice demais’ em seminários, afirma imprensa italiana

Papa diz em reunião fechada que ‘já existe bichice demais’ em seminários, afirma imprensa italiana

Papa diz em reunião fechada que ‘já existe bichice demais’ em seminários, afirma imprensa italiana
Papa diz em reunião fechada que ‘já existe bichice demais’ em seminários, afirma imprensa italiana (Foto: Reprodução)

O Papa Francisco disse em reunião interna da Igreja na última segunda-feira (20) que “já existe bichice demais” em seminários ao pedir para que bispos italianos não aceitem padres abertamente gays, afirmou a imprensa italiana. A fala do Papa virou manchete em diversos veículos italianos e argentinos nesta segunda (27).


Segundo os jornais “La Repubblica” and “Corriere della Sera”, em reunião a portas fechadas com bispos italianos, o Papa usou a palavra “frociaggine”, um termo vulgar italiano que pode ser traduzido aproximadamente como “viadagem” ou “bichice”.


O termo é altamente depreciativo em relação à comunidade LGBT e seu uso teria surpreendido os mais de 200 presentes, de acordo com a agência de notícias italiana Ansa.


O “La Repubblica” atribuiu sua história a diversas fontes não especificadas, enquanto o “Corriere della Sera” deu a notícia respaldado por alguns bispos não identificados, que sugeriram que o Francisco, sendo argentino, poderia não ter percebido que o termo italiano usado era ofensivo.


O site de fofocas políticas Dagospia foi o primeiro a fazer o relato, que teria ocorrido em 20 de maio, quando a Conferência Episcopal Italiana abriu uma assembleia de quatro dias com uma reunião privada com o pontífice.


O Vaticano não se manifestou sobre a fala do Papa até a última atualização desta reportagem. Aos 87 anos, Francisco tem sido creditado por liderar a Igreja Católica Romana em direção a uma abordagem mais acolhedora em relação à comunidade LGBT.


Em dezembro de 2023, o Papa autorizou a bênção a casais do mesmo sexo, desencadeando uma reação por parte de pessoas mais conservadoras. Em janeiro do mesmo ano, Francisco disse que “a homossexualidade não é crime”.


Mais cedo, em 2013, no início de seu papado, uma frase sua ficou famosa: “Se uma pessoa é gay e busca Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgar?”.


No entanto, ele transmitiu uma mensagem semelhante sobre seminaristas gays, mas sem usar o palavrão desta vez, quando se encontrou com bispos italianos em 2018, dizendo-lhes para examinarem cuidadosamente os candidatos ao sacerdócio e rejeitarem quaisquer suspeitos de serem homossexuais.


Em março deste ano, o Papa chamou os estudos de gênero de “ideologia horrível” que ameaça a humanidade. Mais tarde, em abril, o Vaticano classificou a mudança de gênero e o aborto como “ameaças graves à humanidade”.


Em 2021, o Papa se opôs a um projeto de lei italiano que tinha como objetivo combater a homofobia no país.


Em um documento de 2005, lançado sob o falecido antecessor de Francisco, Bento XVI, o Vaticano afirmou que a Igreja poderia admitir ao sacerdócio aqueles que claramente superaram tendências homossexuais por pelo menos três anos.


O documento dizia que homossexuais praticantes e aqueles com tendências homossexuais “profundamente enraizadas” e os que “apoiam a chamada cultura gay” deveriam ser barrados.

Por g1

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