Patos e mais 42 cidades da Paraíba estão suscetíveis a desastres ambientais, aponta mapeamento feito pelo Governo Federal
Destes, dez municípios estão localizados no Sertão do estado, incluindo Coremas, Nova Olinda, Patos, Pombal, Santa Luzia, São Bento, São João do Rio do Peixe, São José da Lagoa Tapada e Sousa.
Um recente mapeamento realizado pelo Governo Federal identificou que 43 municípios da Paraíba estão suscetíveis a desastres ambientais associados a deslizamentos de terras, alagamentos, enxurradas e inundações. Destes, dez municípios estão localizados no Sertão do estado, incluindo Coremas, Nova Olinda, Patos, Pombal, Santa Luzia, São Bento, São João do Rio do Peixe, São José da Lagoa Tapada e Sousa.
No âmbito nacional, o estudo coordenado pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, vinculada à Casa Civil da Presidência da República, mapeou um total de 1.942 municípios brasileiros que correm risco de algum desastre ambiental, representando quase 35% do total de municípios do país. A análise aponta que mais de 8,9 milhões de brasileiros residem em áreas de risco.
“O aumento na frequência e na intensidade dos eventos extremos de chuvas vem criando um cenário desafiador para todos os países, especialmente para aqueles em desenvolvimento e de grande extensão territorial, como o Brasil”, destaca o estudo. Este cenário se agrava nas áreas urbanas devido à rápida e desordenada urbanização, que frequentemente força as populações mais vulneráveis a se instalarem em locais inadequados e perigosos.
Os estados com a maior proporção de população em áreas de risco são Bahia (17,3%), Espírito Santo (13,8%), Pernambuco (11,6%), Minas Gerais (10,6%) e Acre (9,7%). Em contraste, as unidades da federação com a população mais protegida contra desastres são Distrito Federal (0,1%), Goiás (0,2%), Mato Grosso (0,3%) e Paraná (1%).
Vulnerabilidade Social
O estudo enfatiza que as populações pobres estão mais suscetíveis aos desastres ambientais no Brasil. A urbanização desordenada e a segregação sócio-territorial são identificadas como causas principais desse problema, pois têm levado as populações mais carentes a ocuparem áreas vulneráveis a inundações e deslizamentos.
“Essas áreas são habitadas, de forma geral, por comunidades de baixa renda que possuem poucos recursos para se adaptarem ou se recuperarem dos impactos desses eventos, tornando-as mais vulneráveis a tais processos”, conclui o documento.
Por Patos Online
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