Indefinição do PT sobre papel nas eleições em João Pessoa arrastam federação para incerteza na proporcional
Indefinição do PT sobre papel nas eleições em João Pessoa arrastam federação para incerteza na proporcional
A novela do PT sobre como vai participar das eleições municipais deste ano em João Pessoa tem afetado não apenas pretensos candidatos ao Executivo. Ela tem trazido aflição, também, aos postulantes a uma vaga na Câmara Municipal. E não apenas para os petistas. É bom lembrar que os partidos que compõem a Federação Brasil da Esperança, composta também por PV e PCdoB, seguem no mesmo barco, já que vão depender de decisão nacional para ajustar o curso para a disputa.
O quadro atual é mais ou menos o seguinte: dois nomes do PT brigam pela indicação para a disputa da prefeitura. A lista inclui os deputados estaduais Cida Ramos e Luciano Cartaxo. Em outro norte, parte significativa do partido aposta em uma composição com o prefeito Cícero Lucena (PP), que deve disputar a reeleição. O progressistas também conta com o apoio do governador João Azevêdo (PSB), histórico aliado da legenda petista.
Daí, surge outra complicação. A indefinição tem trazido aflição aos detentores de mandato na Câmara de João Pessoa, tanto do PT quanto do PV. O vereador petista Marcos Henriques tem expressado isso em entrevistas no dia a dia. Ele tem defendido candidatura própria, mas se mostra preocupado principalmente com indefinição. No mesmo barco, apesar de não terem verbalizado isso publicamente, estão os vereadores Bosquinho e Emano Santos, ambos do PV.
A questão é que PT, PV e PCdoB constituíram uma federação nas eleições de 2022 e, por isso, funcionarão como um único partido nas disputas eleitorais até o pleito de 2026, quando poderão renovar ou não a aliança. O fato é que isso coloca todos eles no mesmo barco para o pleito deste ano. PV e PCdoB já anunciaram apoio a Cícero e o PT mantém um pé em cada canoa, sem definir um um curso objetivo.
Na última reunião do partido, nesta semana, a situação de João Pessoa foi tirada de pauta, o que aumentou a angústia entre os militantes paraibanos. Se o partido decidir seguir Cícero, a fatura estará liquidada. Se optar por uma candidatura própria, caberá à Federação Brasil da Esperança dar a última palavra. Lembrando que o agrupamento é comandado, atualmente, por Luciana Santos (PCdoB), ministra da Ciência e Tecnologia. Apesar de o PT ter maioria no grupo, uma decisão final precisará de muita negociação.
Suetoni Souto Maior
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