Alvo de operação da PF, prefeito culpa defunta por suposta fraude em licitação
Irani Alexandrino disse que fez nova licitação, mas admitiu ter feito compras com base no pregão anterior.
O prefeito de Coremas, no Sertão, Irani Alexandrino, adotou uma linha de defesa curiosa para se livrar da acusação de suposta fraude em licitação no município, apurada pela Polícia Federal. Ele disse em entrevista à CBN, nesta terça-feira (26), logo após o cumprimento de mandados de busca e apreensão pela PF na cidade e em João Pessoa, que a culpa das supostas irregularidades é da sua antecessora, Chaguinha (PDT), morta em 2021. Alexandrino era vice-prefeito e chegou ao poder com a vacância do cargo.
A investigação da Polícia Federal aponta indícios de direcionamento em licitações realizadas pelo ente municipal para a aquisição de medicamentos entre os anos de 2017 e 2022. A manipulação teria ocorrido para favorecer uma empresa vinculada aos investigados. O nome não foi revelado. O prejuízo causado ao erário, com isso, teria sido de R$ 1.133.771,87, sendo que boa parte destes recursos foi veio do Fundo Nacional de Saúde (FNS).
“Como já estava licitado a gente continuou comprando na farmácia. Não tem nada a ver comigo. Em 2022, nós fizemos uma nova licitação. A gestão não tem nada a ver”, disse o prefeito. Durante o cumprimento dos mandados expedidos pela 8ª Vara Federal de Sousa/PB, foram encontrados carros de alto padrão em poder dos suspeitos. O nome da operação, Galeno, faz referência a Cláudio Galeno, um proeminente médico e filósofo romano de origem grega que viveu na cidade de Pérgamo entre 129 d.C e 216 d.C, sendo considerado o “Pai da Farmácia”.
Por Suetoni Souto Maior
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